segunda-feira, 16 de junho de 2014

Cais.

E o que é que eu vou fazer?
Se um dia eu amei você,
e você de nada quis realmente saber?

Agora como é que faz?
Se por Deus me encontro aqui,
com o coração no cais?

De tantas e tantas canções,
Que tratei de te escrever,
Nada adianta mais?

Não sou tão só assim,
O destino penetrou em mim,
Mas eu sei que já fui mais.

E hoje se vier atrás,
Sei que já passou demais,
E hoje já não volto atrás.




domingo, 1 de junho de 2014

Poupe-se!

Poupe-se!
Você não merece tanto desrespeito!
Poupe-se!
Você é uma mulher e não um pedaço de "sei lá o que."
Poupe-se!
Quem é quem para dizer-te o que fazer?

E me poupe!
Poupe-me de tanta hipocrisia,
Poupe-me de tanta babaquice particular,
Poupe-me de tanto discurso sem um rumo,
Poupe-me de te poupar!

E então me deixa,
Deixa-me ser o que vim para ser,
Deixa-me deitar no peito que eu merecer,
Deixa-me gritar o que vier para meu grito,
Deixa-me chorar quando for necessário.

E me permita,
Permita-me ser o que tenho que ser,
Permita-me pedir licença para existir,
Permita-me agradecer aos bons meus,
Permita-me ser.

E assim diga-me,
Diga-me quem sou,
Diga-me o que queres ouvir,
Diga-me o que posso ser,
Diga-me que não manda em mim..

Eu me poupei, eu me ouvi, e hoje eu sei o que será melhor para mim.

Sinto muito

Sinto que é de minha obrigação começar pedindo desculpas.
Perdão por o que fiz mas, ser boa o tempo todo está me destruindo aos poucos.
Eu preciso ir.
Eu não aguento ficar próxima de tanta traição, tanta miséria, tanta falsidade...
Tantas coisas que não me completam, nem me transbordam, só me diminuem.
E eu não cheguei onde cheguei para ser diminuída, humilhada ou maltratada. Eu sei também que não é a intenção dos a qual me refiro nesse momento, mas, esse modo de viver não é meu. Eu não me encaixo aqui, não consigo ver tudo como uma brincadeira... Eu tenho um olhar sério, um olhar sério que talvez até me tire a meninez, mas ainda sim, é o meu olhar e dele, não posso me desfazer.  Eu achava que era forte para aceitar certas coisas, achava que poderia encarar o fato de que os seres humanos estão cada vez mais egoístas, achava que poderia lidar com o fato de algumas pessoas serem grosseiras e rudes gratuitamente, achava que poderia entende-las, ajuda-las, até porque eu já fui assim. Mas não, existem momentos em que me sinto tão pequena diante a tanta estupidez!
Passou a época do masoquismo, eu não quero mais! Essa missão de ajudante, de boa amiga, de defensora dos pobres e oprimidos já não é mais para mim. E o que eu ganho em troca? O desprazer da arrogância, as palavras desestruturadas assim como os corações de quem ousa a pronuncia. Eu cansei. Talvez meu mal seja acreditar na mudança...Mas, é como dizem, só muda quem quer! Quem acredita e se doa, e olha, não se engane, ninguém muda por ninguém e sim porque quer, porque deseja, porque sente a necessidade de mudar! Eu desisti de acreditar em causas perdidas, as quais eu tanto amava, eu desisti de acreditar que as pessoas poderiam mudar por mim, que alguém tão errado poderia ser bom para estar ao meu lado, ou melhor, eu tinha a mania de acreditar que todo mundo é bom e que alguns só usam uma máscara. Tola que fui!
Por isso eu digo, eu não quero ficar perto de você, eu não quero ficar perto dela.
Eu não quero ficar perto de ninguém que me traga a dor, eu cansei de desafiar meus instintos e acreditar que eu poderia ser uma pessoa evoluída, mas eu não sou e não tem nada de errado nisso, terei que me aceitar assim também.
E se não gostar, respeite... Eu fui obrigada a me respeitar também.
Eu me calo diante a tanta violência, eu calo-me porque sei que o silêncio é o melhor que tenho a oferecer,
A me oferecer.

E me desculpe,
Ou desculpe-me,
Mas eu não posso mais ficar.