segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sobre Mulheres e Homens.

Há sempre um homem.
Há sempre um homem bobo que faz de tudo por sua mulher.
Há sempre um homem honesto e bom que não quer o mal de ninguém.
Há sempre um homem inocente que busca nada mais do que a sua paz e o bem de quem está próximo a ele.
Há sempre um homem tolo que será magoado mais tarde.
Porque a mulher é amarga, ela desiste e diz que quer outra coisa.
Há sempre uma mulher culpada. Uma mulher que pensou nela própria, Uma mulher que não queria mais viver o mesmo dia repetidas vezes, uma mulher que buscou o que era melhor pra si, sabendo que era inútil tentar se convencer a acostumar-se com certas situações.
Existirá sempre um homem tolo e uma mulher sábia. Porque é assim que a vida é,
É assim que o ciclo se transforma.
Porque se tem uma coisa que a vida vem ensinando é que tudo em nossa existência tem um prazo de validade. Ninguém é exceção nessa regra, nem os relacionamentos, os gostos, as vozes, as bocas e os sabores.
Existe algo na mulher, algo que a faz arrepiar, uma renovação que ela descobre ao decorrer dos trinta, algo que lhe lembre os vinte, os dezoito... Algo que a faz repensar em sua vida, algo que a faz berrar e perceber que ela talvez seja merecedora de mais, que sua vida agora, vista pelos seus novos olhos, se torna patética, sem sentido.
Apesar de tomar-lhe o tempo, ela resiste.
“Família é o que interessa, é o que construí. Tenho um casamento, filhos. Não posso jogar tudo isso pro ar por alguma aventura que me faz arrepiar.”
Mas essa hora chega para todas as mulheres, a hora que a aventura deixa de ser aventura e ela percebe que seus desejos deixaram de ser meros desejos e agora tornam-se reais necessidades.
A mulher precisa do gozo, da intensidade, da força, da valorização.
A mulher não se vê mais acordando e ao lado está o seu marido de cueca perguntando o que tem para almoçar.

E por trás da decisão dessa mulher,
Há sempre um homem ferido.

Porque a mulher é a mulher e ela não pode renegar sua natureza,

E o homem é o homem. E fim.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Quem me dera

Me perdoe mãe, pai, amigos, sociedade.

Mas, agora eu vou falar!

As vezes necessitamos berrar pro mundo o que virou nó na garganta.
Eu de fato não sei mais quem sou, muitas coisas mudaram nos últimos tempos...Algumas se perderam, outras ganharam força - e eu sei que é o ciclo da vida, que tudo muda e tudo se transforma e que não dá pra ser diferente - mas as vezes a gente quer. Existem dias que não dá pra por uma máscara feita de sorrisos e dizer que está tudo bem e que tudo cursa o caminho que foi destinado.

Bobagem!

Acho que muita coisa a gente que tem que fazer. A vida não para pra ninguém, então porque eu iria esperar algo dela?  E alguém me explica porque mesmo eu sabendo disso continuo a me queixar e acreditar nela? É muito ruim ser o que se é o tempo todo. Quem nunca desejou ser alguém diferente? Um ídolo, um personagem ou até o vizinho? A velha história da grama mais verde... É tão difícil ser humano, e ter desejos, apegos e anseios. Ter que explicar o tempo todo pro mundo que a gente pode sim mudar de opinião, de gosto, de tato e que isso não é nada demais. Ter que explicar pra nós mesmos que só seremos felizes com alguém quando soubermos ser felizes sozinhos (e fracassar o tempo todo, e tentar mais uma vez).  Quando vamos parar com a mania estupida de acreditar nos outros? E quando vamos parar de complicar tudo sempre e irmos atrás do que queremos? Quando vamos gostar de quem gosta da gente, mesmo não sendo ele(a) a nossa primeira opção? Quando vamos parar de ter opções?  Escrevo porque estou indignada, sei bem que essa indignação não terá solução. Mas, me deixa falar, me deixar berrar o que o espirito pulsante desse corpo guarda. Hoje em dia é difícil ser mulher, gay, hétero, branca, negra, parda... É difícil respirar. Quando vamos olhar nos olhos de alguém e dizer o que sente com sinceridade? E quando vamos perceber que é inútil procurar a felicidade em corpos e mais corpos, que eles não preencherão a alma? Quando você vai parar de ligar pra garota apenas quando se sente solitário, dizer que não vai a lugar algum, e de repente fugir novamente? Qual o problema em se entregar?  Qual a real vantagem em não ser de ninguém e estar com todos? E a pena, é o pior sentimento?

Quem dera eu poder responder o que nem sempre sinto.