quinta-feira, 27 de junho de 2013

Love Myself

Quando a gente começa a se amar tudo muda não é?
Era engraçado até alguns meses atrás eu acreditava fielmente que o necessário para ser feliz e completo era ter alguém para dividir as coisas. Como eu não tenho ninguém faz mais de um ano encontrei-me em um estado de infelicidade cruel. Claro, beijei algumas pessoas por ai mas, nenhuma delas ficaram, e as que eu desejava para uma vida partiram sem ao menos dizer adeus. Porém, isso não me endureceu, eu não me fechei para o amor e acho que nunca me trancarei para não sentir um sentimento tão nobre. Talvez isso seja o tal do amadurecimento. Eu comecei a me amar faz pouco tempo e foi quando eu entendi que eu não precisava de ninguém para tornar meu domingo produtivo e minha semana apreensiva. Foi quando acordei de um sono profundo, coloquei a melhor roupa que eu tinha e sai em disparada. Quando fui ao cinema sem nenhuma companhia e dei gargalhadas tão altas que chamou a atenção de toda a plateia que assistia o filme.

No momento em que eu passei a me amar tudo ficou mais leve, as risadas ficaram mais espontâneas e as amizades ficaram mais fáceis de lidar. Eu chamo de autossuficiência. Sabe quando você é a sua melhor companhia? Não desmerecendo os outros, é só que na minha atual situação eu me respeito o suficiente para saber que mereço mais do que tinham a me oferecer. E eu dou risadas tão largas do que provavelmente seria motivo de choro, tenho essa mania engraçada de ter fé, de acreditar que não existe nada mais remediador que um dia após o outro. Passei um tempo desacreditada e isso gerou afastamentos, sofrimentos e doenças desnecessárias. Mas acho que cada um que passou, que me derrubou e que me iludiu, eles definitivamente me construíram. E se hoje eu sei quem sou e sei o que mereço sei que devo unica e exclusivamente a mim.

sábado, 22 de junho de 2013

Diários de um Psicopata Bipolar

Sim é,
Da forma que não poderia ser,
E que ao mesmo inevitáveis são.

Foi do jeito que não era,
E é como se nunca houvesse outra possibilidade,
Permanente ou inconstante,
Já se foi.

E volta,
Atormenta,
Faz doer,
Faz amar.

Digno de um poema,
Paradoxo do meu ser,
Faz-se amor e faz-se o ódio,
Essa inconstância de viver.

Aceitar não é bem a palavra,
E não gosto de ter que crer,
Admiro as possibilidades,
Mas vivo sempre a mercê.

Deixa entrar,
Mas sei que não posso,
Afundar não é mais comigo,
E não é disso que eu gosto.

Aquele beijo envenenado,
Faz parte do meu ser,
Tenho que mata-lo,
Mas para isso terei de morrer.

E assim eu deixo,
Meu legado de possuído,
Desejando em segredo,
O meu atestado de assassino.




quarta-feira, 19 de junho de 2013

Real Thing?

"Ela é melhor do que a garota dos meus sonhos. Ela é real."

Lembro-me da primeira vez em que disse essas palavras, nos meus olhos as lágrimas escorriam por acreditar que tinha a achado.
E eu dizia a ele com veemência:
 "Ela é real! Ela é real! Ela estava aqui, ela segurou minha mão, eu senti sua respiração junto a minha."

Pobre alma.

Ela era real, mas uma realidade distante da minha. E agora mais ainda.

O que parecia para mim ser o fim da escuridão, era só o começo.

Longe de mim querer invalidar grandes momentos, por favor! Ela fez-me mais viva do que a minha vida inteira, aquele sorriso era capaz de mudar minha conduta, de firme, de forte, a uma garota doce, preocupada e decidida. Ela tem o poder sobre mim. Ela me fez ser melhor do que sou e também me fez acreditar que eu a merecia.

Mas eu não a mereço.

Liar.

Mentirosa.

Eu a amo.

E agora o que me resta?
Cama vazia, sorriso morto, uma visita a cada mês....

Palavras não me consolam, atitudes me tem.

 Eu não sei mais quem é você, sinto-me desconectada, não faço mais parte do que fazia.

Ou nunca fiz.

Eu não sei mais o que é farsa, o que não é. Estou tendo problemas para encarar a realidade, não aceita-la, mas enxergar-la como ela é, em toda sua totalidade.

Eu não preciso disso.
Não preciso de pessoas que se ausentam quando nós precisamos delas,
Não preciso de sorrisos falsos e de palavras consoladoras compradas,
Não preciso de vias alternativas.

Eu não preciso de você.

E eu não vou deixar que nenhum filho da puta me derrube.

Isso é real?

Espero que seja, minha realidade agora é alternativa.


domingo, 16 de junho de 2013

Amor Calado.

Amo-a-ti desde sempre,
Sempre parece pouco quando se diz,
Muito quando se sente,
E eterno quando se é.

Algo sobre mudança pessoal,
Uma reforma está para acontecer,
Aqui dentro,
Dentro de mim.

Finalmente me cansei dessa oc-dão alheia,
E o "estranhismo" que mora em mim será rotineiro,
Algo a mais a se adaptar,
Ou fugir.

Porque mesmo entre as ondas que habitam em mim,
Mesmo com as correntezas de sentimentos de estão aqui,
Mesmo com o amor que faz parte do que sou,
Eu não posso mais.

Perdão pelo egoísmo,
Perdão pela falta de consideração,
Mas eu preciso de um abrigo,
Que você não poderá me dar.

E com isso eu dito o fim,
Você não estará mais em mim.
E de agora em diante,
O amor calado morrerá. 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Us




E quem sabe? 

Quem sabe no que se deu, no que se dá?
Sei que apareceu no momento em que eu mais precisei.
E ficou,
Permaneceu,
E está em mim,
E é.

É tudo. 
Tudo pra mim,
Uma amizade que não se compara,
Um amor que não se mede,
Uma paz que geralmente não se encontra por ai.

Eu sei que mesmo com a turbulência,
Nada irá mudar,
Permanecerá em nós,
E caberá ao que virá.

Sinto que essa vibe não é de agora,
Sinto que somos filhos da aurora,
Donos do vento,
Parceiros da tempestade.

E com todos os danos que eles tem a nos oferecer,
Somos mais que guerreiros,
Viemos nos fortalecer.
Digo isso porque sou,
Porque sei,
Porque somos.

Faço de mim sua moradia,
No meu peito cheio de alegria ao te ver chegar,
Ao ouvir tu dizer,
A cada olhar,
"Eu amo você."

A cada dia entendo um pouco mais do tal do amor,
Ele não machuca, não se opõe, não se martiriza.
Amor de verdade é esse que mora em mim,
Que faz mesmo na distancia ser presente,
Amor da certeza,
De que tudo muda e tudo se transforma.

E  de que nada é realmente meu.

E estou aqui para o que precisar,
Risadas serão fáceis de se encontrar,
Basta ver em meu olhar,
Eu sei que vou ficar.

Olhe para mim,
Estou entregue a sensação,
E me pergunto apenas uma coisa:

Pode um lar ser uma pessoa e não um lugar?




quarta-feira, 5 de junho de 2013

Fri(end)

Eu não sei como isso se explica, como se dá.

"Olhar de deboche" é o que minha mãe diz que ela tem, e eu nunca entendia o porque, sempre achei que ela fosse genial, meiga e sensível. Mas vi que no fundo minha mãe tinha razão. Não é que ela seja má, longe disso.
É só que o interesse dela é nela mesma.  E o que fazer quando o meu interesse é em nós? Ai resulta nisso, eu vivendo de lembranças e que agora, de olhos abertos, me parecem bem claras. Quando eu dizia algo ela sempre dava um jeito de isso se transformar nela mesma, tudo sobre você. Nunca me deu chance, pelo menos não agora, de me expressar. É cansativo ficar tentando tirar de alguém algo que não se pode. Eu costumava a saber de tudo dela, cada detalhe, cada expressão, cada linha do seu rosto. Mas agora não e talvez não me interesse. Vejo que já passou, dói um pouco porque não é um concesso, não é unanime. Mas, o que posso fazer? A minha parte já fiz, me doei, ajudei, levantei. Talvez não saiba amar,  sinta, mas não sabe o método e como não quer ajuda quem sou eu para me meter? Minha fase já passou, entendo. Agora anda entediada porque seu brinquedinho perdeu a graça. Eu também tenho as minha necessidades e você como uma amiga deveria entender. Ultimamente ando querendo atenção, contar minhas novidades, pedir conselhos... Mas de alguma forma tudo sempre volta pra você. Eu praticamente tive que gritar que teria um encontro tão esperado, e você o que fez? Simplesmente me ignorou e continuou a contar sua história, a história sobre seu amado, que inclusive sempre dei o maior apoio e sempre mostrei muita empolgação, afinal, eu fico muito feliz quando te fazem feliz. Eu choro por você, eu sorrio com você.
E você possui mais experiencias, eu sou nova, boba inocente. Preciso dos seus conselhos, mas você me deixa insegura, pra baixo, faz-me sentir inferior. O que eu sei que não sou, não somos. Eramos pra ser irmãs, olha a bagunça que isso se tornou? Todo dia eu procuro você pra tentar amenizar as coisas, ter um diálogo melhor. Mas nada. Silêncio, vazio. Você não está lá.
Não reclame quando eu partir, você é a minha droga... Mas estou em reabilitação.  E quando a abstinência passar não vai ter volta, aliás já não está tendo porque eu percebi que estou nessa droga sozinha. E eu que achava que precisava de você, vou descobrir tudo só. Amadurecer por conta própria.
Quem me ama tem uns três, mas esses três são o suficiente pra que eu me sinta bem.
Não preciso mais de você,
Talvez nunca precisei.
A gente cansa de bater na porta de quem nunca está em casa.
E assim eu digo um adeus pra mim, porque eu sei que o End na palavra Friend nunca fez tanto sentido.

Tudo muda, tudo se transforma.
Começa uma nova era para mim.