segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sobre Mulheres e Homens.

Há sempre um homem.
Há sempre um homem bobo que faz de tudo por sua mulher.
Há sempre um homem honesto e bom que não quer o mal de ninguém.
Há sempre um homem inocente que busca nada mais do que a sua paz e o bem de quem está próximo a ele.
Há sempre um homem tolo que será magoado mais tarde.
Porque a mulher é amarga, ela desiste e diz que quer outra coisa.
Há sempre uma mulher culpada. Uma mulher que pensou nela própria, Uma mulher que não queria mais viver o mesmo dia repetidas vezes, uma mulher que buscou o que era melhor pra si, sabendo que era inútil tentar se convencer a acostumar-se com certas situações.
Existirá sempre um homem tolo e uma mulher sábia. Porque é assim que a vida é,
É assim que o ciclo se transforma.
Porque se tem uma coisa que a vida vem ensinando é que tudo em nossa existência tem um prazo de validade. Ninguém é exceção nessa regra, nem os relacionamentos, os gostos, as vozes, as bocas e os sabores.
Existe algo na mulher, algo que a faz arrepiar, uma renovação que ela descobre ao decorrer dos trinta, algo que lhe lembre os vinte, os dezoito... Algo que a faz repensar em sua vida, algo que a faz berrar e perceber que ela talvez seja merecedora de mais, que sua vida agora, vista pelos seus novos olhos, se torna patética, sem sentido.
Apesar de tomar-lhe o tempo, ela resiste.
“Família é o que interessa, é o que construí. Tenho um casamento, filhos. Não posso jogar tudo isso pro ar por alguma aventura que me faz arrepiar.”
Mas essa hora chega para todas as mulheres, a hora que a aventura deixa de ser aventura e ela percebe que seus desejos deixaram de ser meros desejos e agora tornam-se reais necessidades.
A mulher precisa do gozo, da intensidade, da força, da valorização.
A mulher não se vê mais acordando e ao lado está o seu marido de cueca perguntando o que tem para almoçar.

E por trás da decisão dessa mulher,
Há sempre um homem ferido.

Porque a mulher é a mulher e ela não pode renegar sua natureza,

E o homem é o homem. E fim.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Quem me dera

Me perdoe mãe, pai, amigos, sociedade.

Mas, agora eu vou falar!

As vezes necessitamos berrar pro mundo o que virou nó na garganta.
Eu de fato não sei mais quem sou, muitas coisas mudaram nos últimos tempos...Algumas se perderam, outras ganharam força - e eu sei que é o ciclo da vida, que tudo muda e tudo se transforma e que não dá pra ser diferente - mas as vezes a gente quer. Existem dias que não dá pra por uma máscara feita de sorrisos e dizer que está tudo bem e que tudo cursa o caminho que foi destinado.

Bobagem!

Acho que muita coisa a gente que tem que fazer. A vida não para pra ninguém, então porque eu iria esperar algo dela?  E alguém me explica porque mesmo eu sabendo disso continuo a me queixar e acreditar nela? É muito ruim ser o que se é o tempo todo. Quem nunca desejou ser alguém diferente? Um ídolo, um personagem ou até o vizinho? A velha história da grama mais verde... É tão difícil ser humano, e ter desejos, apegos e anseios. Ter que explicar o tempo todo pro mundo que a gente pode sim mudar de opinião, de gosto, de tato e que isso não é nada demais. Ter que explicar pra nós mesmos que só seremos felizes com alguém quando soubermos ser felizes sozinhos (e fracassar o tempo todo, e tentar mais uma vez).  Quando vamos parar com a mania estupida de acreditar nos outros? E quando vamos parar de complicar tudo sempre e irmos atrás do que queremos? Quando vamos gostar de quem gosta da gente, mesmo não sendo ele(a) a nossa primeira opção? Quando vamos parar de ter opções?  Escrevo porque estou indignada, sei bem que essa indignação não terá solução. Mas, me deixa falar, me deixar berrar o que o espirito pulsante desse corpo guarda. Hoje em dia é difícil ser mulher, gay, hétero, branca, negra, parda... É difícil respirar. Quando vamos olhar nos olhos de alguém e dizer o que sente com sinceridade? E quando vamos perceber que é inútil procurar a felicidade em corpos e mais corpos, que eles não preencherão a alma? Quando você vai parar de ligar pra garota apenas quando se sente solitário, dizer que não vai a lugar algum, e de repente fugir novamente? Qual o problema em se entregar?  Qual a real vantagem em não ser de ninguém e estar com todos? E a pena, é o pior sentimento?

Quem dera eu poder responder o que nem sempre sinto.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

About not knowing yourself



I used to believe in love and happiness, but now, I'm not so sure. Ok, we all know that we need to love ourselves and not needing anyone but, who actually get there? You see, life is a little more complicated than we thought, we can't be that happy because we don't belong there, we are not born for this. I'm tired of been a liar, I'm not happy, and yeah, I do need somebody to comfort me, and I hate that so much that all that i want is to reach to unconditionally love. I don't wanna hide myself in fake religions or fake true, I don't wanna hold all that I know just because I have scared of being lonely, scared of unknown things. I'm not gonna lie anymore and I ask you the same. Don't hide yourself, don't pretend that you are okay just because you are tired of the answers, start to be a growing person and stand up, face your problems and admit them even if you don't know what is going on. I don't know What I want, and thats okay. I don't need to lock my heart and say " not available" cause I know that is not the solution. I really would like to say "I love you" to everyone who loves me, but I know today thats not some kind of obligation. I don't need to said it back, I choose follow my heart, even if I'm all confuse, I need to be myself always, I'm sorry But I can't be what I'm not.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

.-.

Eu estou tonto. Digo "tonto" porque falo como espirito.
Meu espirito está atordoado pelo ego traiçoeiro que me diz ser o que eu talvez não seja. Eu não sei mais quem eu sou, e não sei como chegar até mim.
Dizem que me fechei, que cansei de tentar.... Talvez seja verdade.
E os dias vão se repetindo, as noites tornam-se apenas minutos de sono.

Eu só queria deixar de me pertencer, de ser eu por alguns dias...
Deixar outra pessoa tomar o comando do navio, para ver se assim, uma luz resolve se acender. Eu cansei, cansei de mim.
Andar na areia da praia, ver as pegadas se formarem e ter a ilusão de que elas não me pertencem,
de que eu não tenho um passado, e por não ter um, os erros e hábitos jamais serão repetidos. Ou julgados.

É tão difícil ser alguém.

domingo, 14 de setembro de 2014

Alma Minha

Não me importo em como me porto.
Sei de mim e do que é meu,
Eu só quero me pertencer.
Eu só quis me pertencer.

Eu sei bem da arrogância,
Das falhas e dos medos.
Mas, ainda assim eu quero ser eu,
Porque sem mim, o que seria?

Nada parte de fora,
De dentro de mim só há eu,
Amor, amor,
Sentimento meu.


Meu bem,
Benzinho meu...
Deixa eu te contar,
Há muito mais para se trilhar...

E eu to aqui,
Pra ser eu,
Pra sermos nós,
Você irá me ouvir...

Alma minha,
Ande calminha,
A gente ainda há de se juntar...


segunda-feira, 28 de julho de 2014

Retrocedências

Um grito de silêncio.
Um tal sussurro de adeus.
Enquanto segurava a barra da saia, berrava o quão desiludido estava. E flashes resolveram se concretizar...
O rosto dela que antes estava reluzido a pó, formou-se e o encarou, ele ainda sem voz, sem cor, sem a força para dizer o que realmente sentia, abaixou sua cabeça e apoiou seus punhos na superfície da mesa.

- Não vai dizer nada?

"Eu quero, eu juro que quero" - Disse ele mentalmente.

- Queria poder te dar tudo que merece, eu juro.

"Então por que não o faz?" - Gritou internamente a ponto de sentir veias saltarem do seu pescoço.

- Eu queria ser o melhor pra você, eu queria poder segurar sua mão e te levar aos lugares, mas você sabe muito bem que não é isso que deseja.

"Como não? Se por você eu me reinventei de tantas maneiras, deixei de lado o meu machismo prepotente, me exclui de tudo que te fazia mal apenas para ser um ser humano melhor, me diz o que isso seria, senão amor?"

- E mesmo com tudo, não consigo te deixar ir, pois não sei de fato o que deseja.

Ele, ainda de punhos cerrados, levantou a cabeça e olhou fixamente nos olhos dela.

"Você"

-  O que você quer?

- O que eu quero?

- Sim. O que quer?

- Você.

- Não, não quer.

- Como não?

- Não parece!

Ele levantou-se, foi até a pia, jogou água no rosto e a encarou.

- Tudo que eu sempre desejei era que deixasse de ser tão impotente  e tão filha da puta e olhasse pra mim.
Não vê que estou apaixonado? Será que não enxerga o quanto me magoa o fato de querer você?
Eu não durmo, eu não como, eu passo noites e mais noites tentando te esquecer. E não, não é clichê, não é romantismo barato,antes fosse! O que acontece é que eu estou doente e com medo de te perder, até que hoje eu vi que na verdade nunca a tive, não é mesmo? Sempre pertencendo a alguém, sempre amando outro noite apos noite enquanto eu sonho estupido, continuo a sonhar com você aqui.
O que quer? Que eu largue tudo por você?
Já o fiz. Eu que não sei o que deseja de mim, sempre dividida a respeito do que quer, jura-me amor e trai-e-me de forma limpa. O sujo sou eu, o errado sou eu por querer-te tanto, e tão acima de mim. Quer saber?
Eu cansei. Querer você nunca me doeu tanto quanto agora, eu não nasci para ser segundo plano de ninguém e agora talvez acredite na teoria do amor próprio, me respeito agora, ok?
Como não parecer o quanto te desejo se me afastei para provar o quanto você era única?
Se dia após dia, noites e mais noites saindo de bar em bar procurando esquecer você em todos os rostos redondos que eu via,  se me forçava cada vez mais ser o cara estupido, arrogante e sem coração só pra provar que nunca precisei de ninguém?
É, eu sou o cara mal e agora não me importo mais de ser assim.
Você merece mais do que isso e eu também.
Adeus.

Ela foi se desmanchando em lagrimas, membro por membro até não restar mais olhos, cor, pele, forma.

Ele olhou-se no espelho e deu conta de que falou pra ele tudo que precisava ouvir.

"Estou ficando louco." - Concluiu.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Covarde!

Sobre a maior covardia:

Não é o abandono daqueles que disseram ficar,
Não é de um choro abafado pelo medo,
Não foi a traição usada como defesa.

A maior covardia que sei,
É daqueles que tem tudo para ser e não são.
São dos que acreditam que machucar é a melhor solução.


Indignada eu vos digo,
Não corra o risco,
De fugir de si.

A covardia que eu vejo,
É entregar-se ao despeito,
De não ser mais ninguém.

Eles se iludem com a tal autossuficiencia,
Dizem que são melhores só,
 A maior covardia que vejo.


Grosseiros por natureza,
A beleza me deixa ver,
Que covardes são eles.

Estúpidos por se trancarem,
Bobos por deixarem passar,
Ignorantes por se acharem inteligentes,
Ou intelectuais.

Podem ser cheios de culturas,
Mas se são cheios de si,
De que adianta?

Sobre a maior covardia eu digo,
Não é de quem sofre por correr atrás,
E sim dos que dizem serem feliz,
Sem ao menos tentar o desiludir.


Não adianta machucar pra se curar,
Covardia é ter  alguém de verdade,
E assim, deixar passar.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Pause

Uma. Pausa.

Um. Tempo. De. Tudo. Que. Sou.

Uma. Pausa.

As. Vezes. Esquecemos. De. Viver. De. Amor.

Pausa. Respira.

Eu. Sei. Que. Compliquei.

Más.é.assim.que.eu.me.sinto.

Longe.de.você.

P.a.u.s.a.d.o.

P.o.u.s.a.do.

Caber em si

Não sei o que gostaria de receber.

Eu digo a mim que o contentamento já não me cabe mais.
O costume acaba com as nossas possibilidades, sabe?
Não da pra segurar na barra da saia tua, e implorar pra ficar.
Eu bem sei que a gente quer alguém para o que der e vier,
Só que costumo esquecer do que sou,
Ou mudo a querer me adaptar.
E isso não é mais pertence meu. 
Pode ir,
É, pode ir.

sábado, 5 de julho de 2014

...

E então, dentre a tantos devaneios e meros equívocos noto que para muitos ter cargo digo, cacife é o que realmente conta.

Meros mortais.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Cais.

E o que é que eu vou fazer?
Se um dia eu amei você,
e você de nada quis realmente saber?

Agora como é que faz?
Se por Deus me encontro aqui,
com o coração no cais?

De tantas e tantas canções,
Que tratei de te escrever,
Nada adianta mais?

Não sou tão só assim,
O destino penetrou em mim,
Mas eu sei que já fui mais.

E hoje se vier atrás,
Sei que já passou demais,
E hoje já não volto atrás.




domingo, 1 de junho de 2014

Poupe-se!

Poupe-se!
Você não merece tanto desrespeito!
Poupe-se!
Você é uma mulher e não um pedaço de "sei lá o que."
Poupe-se!
Quem é quem para dizer-te o que fazer?

E me poupe!
Poupe-me de tanta hipocrisia,
Poupe-me de tanta babaquice particular,
Poupe-me de tanto discurso sem um rumo,
Poupe-me de te poupar!

E então me deixa,
Deixa-me ser o que vim para ser,
Deixa-me deitar no peito que eu merecer,
Deixa-me gritar o que vier para meu grito,
Deixa-me chorar quando for necessário.

E me permita,
Permita-me ser o que tenho que ser,
Permita-me pedir licença para existir,
Permita-me agradecer aos bons meus,
Permita-me ser.

E assim diga-me,
Diga-me quem sou,
Diga-me o que queres ouvir,
Diga-me o que posso ser,
Diga-me que não manda em mim..

Eu me poupei, eu me ouvi, e hoje eu sei o que será melhor para mim.

Sinto muito

Sinto que é de minha obrigação começar pedindo desculpas.
Perdão por o que fiz mas, ser boa o tempo todo está me destruindo aos poucos.
Eu preciso ir.
Eu não aguento ficar próxima de tanta traição, tanta miséria, tanta falsidade...
Tantas coisas que não me completam, nem me transbordam, só me diminuem.
E eu não cheguei onde cheguei para ser diminuída, humilhada ou maltratada. Eu sei também que não é a intenção dos a qual me refiro nesse momento, mas, esse modo de viver não é meu. Eu não me encaixo aqui, não consigo ver tudo como uma brincadeira... Eu tenho um olhar sério, um olhar sério que talvez até me tire a meninez, mas ainda sim, é o meu olhar e dele, não posso me desfazer.  Eu achava que era forte para aceitar certas coisas, achava que poderia encarar o fato de que os seres humanos estão cada vez mais egoístas, achava que poderia lidar com o fato de algumas pessoas serem grosseiras e rudes gratuitamente, achava que poderia entende-las, ajuda-las, até porque eu já fui assim. Mas não, existem momentos em que me sinto tão pequena diante a tanta estupidez!
Passou a época do masoquismo, eu não quero mais! Essa missão de ajudante, de boa amiga, de defensora dos pobres e oprimidos já não é mais para mim. E o que eu ganho em troca? O desprazer da arrogância, as palavras desestruturadas assim como os corações de quem ousa a pronuncia. Eu cansei. Talvez meu mal seja acreditar na mudança...Mas, é como dizem, só muda quem quer! Quem acredita e se doa, e olha, não se engane, ninguém muda por ninguém e sim porque quer, porque deseja, porque sente a necessidade de mudar! Eu desisti de acreditar em causas perdidas, as quais eu tanto amava, eu desisti de acreditar que as pessoas poderiam mudar por mim, que alguém tão errado poderia ser bom para estar ao meu lado, ou melhor, eu tinha a mania de acreditar que todo mundo é bom e que alguns só usam uma máscara. Tola que fui!
Por isso eu digo, eu não quero ficar perto de você, eu não quero ficar perto dela.
Eu não quero ficar perto de ninguém que me traga a dor, eu cansei de desafiar meus instintos e acreditar que eu poderia ser uma pessoa evoluída, mas eu não sou e não tem nada de errado nisso, terei que me aceitar assim também.
E se não gostar, respeite... Eu fui obrigada a me respeitar também.
Eu me calo diante a tanta violência, eu calo-me porque sei que o silêncio é o melhor que tenho a oferecer,
A me oferecer.

E me desculpe,
Ou desculpe-me,
Mas eu não posso mais ficar.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Like a dream

Eu preciso te dizer.
Sentar e deixar você ouvir tudo que os meus olhos tem a falar,
Tudo que minha boca deixou pra traz, por medo de verdadeiramente se expressar.
Eu preciso que você me deixe segurar suas mãos enquanto eu falo, preciso que entenda minha timidez e minha indecência quando sou só eu e você,
Quando somos nós.
 E não adianta dizer que não sabe do que se trata, porque sabe e nessa história não sou só eu.
Deixa eu deixar impresso no seu corpo tudo que eu penso e desejo,
deixa-me deixar!

Entra aqui, apoia a cabeça em meu ombro, deixa eu te contar...
Eu tenho tanto medo entende?
Mas, o medo não impede a minha pressa, a minha ansiedade.
Eu sei bem o que quero e gosto sempre de ser direta ao procurar..
Então deixe-me,
Deixe-me adentrar nesse seu universo particular,
Conhecer cada detalhe que por mim foi passado despercebido,
Deixe-me ser alguém que alguma importância pra você,
Só não me deixa ser ninguém na sua vida...


E talvez, gentilmente eu peça para que autorize os meus lábios tocarem os seus,
Para que em sua boca fique impressa as minhas palavras,
O meu gosto,
E assim, decidirá se pertence a você.

Deixa eu dizer,
Deixa eu fazer,
Deixa eu ser,
Eu.





segunda-feira, 5 de maio de 2014

His voice

Ele me ligara.

Na linha, uma voz doce, gentil e cativante me dizia certas palavras que no momento não são do interesse de ninguém e por isso, não vos direi.
Quando ele me ligara eu automaticamente me senti grata, grata por ter o dom da audição, grata por certa voz ser tão agradável, familiar, segura e confiante, sim! Eu agradeço por meus ouvidos serem ou tentarem serem tão compatíveis com aquela voz, por ter a chance de ouvi-la, suga-la, senti-la, centrar me nela.

Quando eu ouvi novamente aquela voz, desejei um bem a ele tão acima de mim, algo que nem eu mesma pude explicar,  como é possível amar tanto alguém após tanto tempo e mesmo assim ainda se sentir diferente?
É um amor diferente, eu o quero bem, tão bem que mal eu passo se tento descrever. Eu gosto daquela estabilidade, da concordância das palavras, do riso seguro e da familiaridade que tem, com ele não tem erros, é o que é e acabou.
Meu bem, você cresceu! E encontro-me tão estasiada e feliz por ti, tão na sensação de orgulho pela sua pessoa, por ter permanecido o mesmo garoto especial que eu conheci e será sempre assim, quero te manter perto pois a sua amizade é o alicerce da minha consciência, você sempre será meu ponto de equilíbrio e até hoje quando penso em tomar certas decisões lembro do que desejava que eu fosse,  lembro do orgulho nos olhos que mantinham e até hoje você é o que me guia a certas (boas) decisões.

E meu Deus, como sou grata!

Quando ele me ligara eu tive a certeza de que se filhos eu tivesse, se casamento fosse uma coisa a ser repensada ele seria o marido pai.

Ele me ligou,
E eu tive a certeza de que a ele eu só quero o bem!.

sábado, 26 de abril de 2014

Ser ácida.

Eu gosto de limões. É, eu gosto de limões. O amargo sabor, provindo de um ácido e o estranho prazer que o limão proporciona, assemelha-se com a minha pessoa. E quando a gente se conhece, ou pensa que se conhece, sabemos o trabalho que dá. Eu sou trabalhosa, ácida e amarga, porém, capaz de proporcionar e sentir um prazer estranho nas próprias realizações. Eu preciso de um sumo, um sumo de limão.... O amargo eu já tenho, falta-me as vitaminas que ele proporciona, falta eu ser eu por completo, falta a chamada evolução... Como é que eu, protetora dos pobres e oprimidos posso querer defender algo se nem a mim pode ser tirado certas vitaminas? Falta-me a vitalidade. A cura após a gripe, o repousar de uma alma incansável e relutante. Essa busca vai além eu bem sei, preciso de um contexto, um chão para me reorganizar, não posso viver só do copo o copo me faz ser muito limitada, como se o meu néctar, a minha essência fosse direcionada a uma pessoa só e isso eu não aceito, não sou egoísta a ponto de me doar apenas a um. Necessito ser a jarra, a jarra é compartilhada, a jarra ainda que limitada se expande mais, todos querem um pouco, e assim serei compartilhada aos meus, me dividindo e inteirando-me em cada um, preciso expandir minhas vitaminas. Chegará um ponto onde o meu ácido não será mais prejudicial e sim essencial, precisarei ser colhida e adocicada... E quando esse ponto chegar, eu sei que poderei dizer:

“Sim, eis aqui o sumo que me faltava.”

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Equívocos.

Quando eu digo o que eu sou as pessoas me olham com um misto de estranheza e curiosidade, como se eu me tornasse sua atração ou até seu experimento. Não minto que é bom, é. Bem, bom até certo ponto, bom por ter essa atenção e ruim por ser descartável quando pra mim fica realmente interessante. O espanto já não me emociona mais. Despertei-me para escrever, dizer aqui o quão caro é o preço a se pagar por ser quem é e ainda não sei lidar com o abandono, no fundo tenho um pouco de esperança de que vá sentir a minha falta, eu sinto, por que não? Nem sempre tenho um objetivo claro ao escrever assim, nua, debruçada em mim e em meus sentimentos. Hoje eu estou insegura, mas não quero deixar que me influencie, existem épocas em que estamos mais sensíveis, não é mesmo? eu espero.  Enquanto eu cochilava vi a mulher descabelada olhando pra mim, eu olhei pra ela, meio atônita e me vi. Eu não quero ser a mulher descabelada, mas eu sou.  Difícil decisão. Enquanto outra está a se trancar em um quarto, realizando trabalhos obrigatoriamente, eu me encontro aqui, descabelada, compenetrada e com um certo medo de me perder ainda mais. Diariamente a gente se pega pensando no que realmente importa.
 A outra, a que se encontra trancada quer fazer de tudo por mim porque vive a dizer que parece que eu sofro. Considerei aquilo um elogio, do sofrimento é que se sai a iluminação, não é mesmo?
Eu só quero morar em mim. Como eu disse, sou sensível por natureza e mal me considero poeta, quer dizer, poeta a alma a essência, não quero saber de títulos embora meu ego grite: "Sim." Mas, por que eu preciso da ajuda, por que eu aparento o sofrer?  É justamente ai que o preço se aplica, na curiosidade de saber se o que eu sou é errado. É? Então por que que sou?  A gente tem que aprender a viver com a gente, com o coração. Precisamos aprender a pegar ele com as mãos e apertar junto ao peito, num abraço caloroso. Gostar de ser um erro, eu preciso amar o equivoco.
E é por isso que eu fico a dizer que necessito do vento, mas antes preciso desprender minha vela. Qual será ela? E parem de me olhar com espanto, não quero atiçar mais o desejo de ninguém! Meu ego não precisa mais vencer. Vivo a me despir em público, minhas palavras são de puro atentado ao pudor, ainda mais tratando-se de um país como esse. Preciso me despir,  mas, já vi que nem todos os corpos são cobertores para me aquecer, nem todas as verdades são ditas e os erros não fazem mais parte de quem eu sou e sim são,
Eu.

terça-feira, 25 de março de 2014

Say

O problema está nas palavras,
Elas me agridem.
Palavras em ausência de atitudes.
Cala-te! Ouve-me!

Olha pra mim e sinta,
Fluir de mim, você.
Toca no íntimo meu,
Veja tecer em minha pele,
O gosto do peito teu.

No meu eu há mais você,
Do que em você há eu.
Decifra-me e vê quem sou!
Olha-me e faz algo!
Só não morra por favor!

Atitudes!
É tudo que eu peço,
Cansei de ser só eu,
Cansei de ser só um.
Quero te imortalizar,
No meu universo particular.

sábado, 15 de março de 2014

Myself

Quando eu finalmente entendi eu percebi que o que me falta é a paciência comigo.
E então eu comecei a praticar a compaixão e passei a ter fé em mim.
Eu percebi que eu me governo...
É tempo de ser mulher, menina..

E o silêncio que me guia hoje,
Faz de mim o leito da santa paz.
Eu busco todo meu equilibrio,
Corpo fala, porém, a mente pesa demais.

Sinto muito,
Me perdoe,
Eu te amo,
E sou grata.

Palavras que repetirei:
Cala-te, ouve-te.
 Seja quem você veio para ser,
Menina chega de ser menina, vira logo mulher!

A resposabilidade toma meus ombros,
Talvez não mais como peso e sim um alerta,
hora de crescer,
Hora de ser mulher!

Então me despeço daqui de longe,
V
ejo o olhar da meiga menina,
Um adeus sonolento vem de mim,
"Vai lá menina, encontra o eu em mim."










domingo, 2 de março de 2014

Inverno




Há algo que jamais se esclareceu.
E foi exatamente naquele dia em que larguei mesmo tudo que me prendia.
Eu resolvi esquecer que o destino só quer me ver só,
Eu não sei o que em mim deu,
Eu só sei que estou partindo,
E vou.

Eu ando o inverso,
Pelo avesso,
E talvez esse seja o dia em que fui mais feliz,
Sem olhares, sorrisos, faces que me guiem.
Cansei.

Faço longas cartas para ninguém,
Eu nunca sei o que em mim deu,
Correr assim sem medo de tropeçar,
Se espelhar até sumir...
Eu preciso ir.

Eu quero um sentimento e assim ir,
Preciso sentir a areia em meus pés tocar,
Me perder no abismo que é pensar em sentir,
Enquanto a água lava-me a alma,
Tudo bem se eu sofro um pouco mais,
Vai passar,
Tudo passa.

Eu sei que não é assim,
Mas deixa eu fingir,
Deixa eu fingir que sou assim,
Deixa eu fingir esquecer,
Deixa eu me perder,
Deixa eu ser,
Deixa,

Eu ir.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Ele

Ele me disse que existem pessoas que são determinadas a gostar de um certo padrão,
Disse também que eu não me encaixo nesse perfil,
O que fazer agora meu Deus?
Entendi como uma nota de suicidio.

Quem será capaz de gostar de mim?
Eu sei como isso soa em meio drama.
Mas é disso também que sou composta.
Carne, osso, drama, e sonhos.

Pessoas que eu gosto costumam a gostar de um padrão,
Padrão que não me encaixo,
Estão acostumadas a solidão,
E na solidão eu não me acho.

Ele me disse para não agir diferente,
Que eu sendo eu hei de encantar,
Que padrões são chatos e cansativos,
Que a minha hora vai chegar....

 Eu não vou ser diferente amor,
Eu serei eu independente do que se diz comum,
Vai que encanta alguém,
Vai que eu me encanto....

Ele tem sido tão bom pra mim,
Que um dia eu vi,
Ele em si já é,
É a quebra de padrão que há em mim.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ser escrita.

Eu tenho fome de escrita.
Sou insaciável e intolerante.
Talvez por ser uma eterna curiosa indecisa a respeito do que possui.
Não me venha ser só vazio, o "só" não me preenche.
Eu me alimento das palavras.
Gosto do som que elas têm, do gosto do tom, da vibração e intensidade.
Talvez ame tanto as palavras que esqueço que existem atitudes.
Eu devo ser mais do que mera carne, esse gosto não me conduz.
Sou rainha da materialidade das palavras, de essência delas também.
Escrevo porque nem sei, só sei que essa mania de sentir o que se escreve vai, e assim, eu vou.
E quando não me compreendo, me calo. O silêncio é tênue em mim, envenena-me ou cura-me.
Ainda não sei bem.
Não desenvolvo nenhum tipo de sentimento especifico para o ato de escrever, existem dias em que entrego-me por completo ao prazer de sentir as mãos percorrer o papel, em outros, o tédio ao notar que não existo de forma mais útil.  Não me sinto como escritora, e sim terapeuta de mim.
Ora mulher, ora menina.
Não gosto da ideia de rotular algo,  eu só quero me pertencer.
Palavras têm total controle de mim, manipuladoras das minhas verdades e cientes das minhas completas vertentes.
Ninguém tem o poder sobre mim, apenas elas.
Irmãs capazes de mudar o rumo de qualquer história.
Frias, gélidas, sagazes ou vorazes.
Assim como eu, palavras são intensas.
É isso,
Escrevo porque sou.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Acosturar

Desculpe-me.
As minhas palavras são tão duras quanto a pele que habito.
Desculpe-me, atos duvidosos consumam essa discussão.
Amor, perdão!
Mas não foi em vão.

Perdoa-me,
Eu ainda não soube o que fazer,
E ainda que firme pareça,
Minhas pernas irão de encontro ao chão,
Pois entre meu coração e eu,
Há um abismo sem fim.

Me disseram que amar é sofrer pelo não-amor do outro,
Mas, como é que eu faço com você?
Amor dos dois e o problema são os outros?

Amor me diz porque o mundo não pode parar para nós?
E assim sobre lencois,
Consumar todo ato de amar,
Sem dor, culpa ou eles?

Eu caí amor,
E é difícil levantar,
Você é a minha guia,
Agora, como eu irei ficar?

Você não entende,
A dor não é de partir,
A dor é de ir,
E ainda sim querer voltar.

A dor é de amar,
E não poder ficar,
A dor é de querer,
E voltar a te beijar.

Malditos sejam os seres humanos!
E o destino que foi traçado,
Ainda não discuto tanto com ele,
Porque nos nós fomos atados,

Pelo tempo que foi,
E que não quis voltar.

O que dói é o fato de amar.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Ser dona do eu

Devo falar a verdade e não sei bem por  onde começar. A dor se estende com qualquer tipo de pensamento, o coração aperta, o peito dói, a garganta fecha, a tontura vem, a tremedeira também....
O corpo reclama menina, reclama de algo que eu não sei.
A única coisa que sei é que a causa sou eu,
E quero mudar tudo isso...

Ando cansada de ir dormir mal e acordar pior...
Mudar frequencia de pensamentos,
Usar alfazema,
Tomar floral,
Meditar,
Orar.

Tantas coisas para amenizar e eu desejo que não amenize,
Desejo que desapareça da mesma forma que veio: do nada.

E vai passar,
Com as músicas que ouço,
Com a fé que possuo,
Com os amigos que tenho,
Com meus guias mentores e protetores espirituais.

Eu sou uma menina de sorte e acredito que sempre serei,
Nenhuma dor é eterna,
Nenhum sofrimento é Efêmero,
Tudo passa,
Tudo passará.

E eu sou dona de mim.

Declaro aqui o fim de tudo que me atrasa.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Her

Se ela fosse menos complicada....
Se ela não tivesse essa mania de nunca saber o que quer,
Ou de buscar no outro sempre o que ela poderia ter aqui,
Se tudo isso tivesse no lugar,
Seriamos.

Se ela não fosse tão bipolar,
Ou se ela me dissesse tudo que realmente sente,
Se ela me beijasse de verdade,
Ou fizesse do antes o agora,
Se ela fosse,
Eu seria.

Se ela fosse para mim o que ninguém nunca foi,
Se ela abrisse seu coração,
Eu abriria meus braços e cuidaria dela,
Mas ela prefere não ser,
E eu não sou.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

PAIN

Me sufoca, essa sensação de insuficiência me sufoca,
Esse medo atormentado por algo que nem sei,
Essa dor no peito que não cessa,
Essa dúvida que permanece,
Sufoquei.

Eu sei que vai passar,
Mas talvez eu só acho que não quero que passe,
Não quero que esqueçamos,
Não quero que acabe,
Não quero imaginar uma vida sem...

Esse apego é um desespero,
Esse apego não quer ir embora,
Esse desejo aperta meu peito,
E eu não sei o que fazer..

O desejo de correr para longe,
A vontade de estar perto,
O abraço tão desejado dentro de mim,
a morte interior.


Luto por meu ser,
Luto, pelo meu ser.

Você merece o melhor,
Eu sei,
Só queria ter sido esse melhor...
Mas eu não sou.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Retroceder.

Ei!
Não fica assim,
Não desiste da felicidade dessa forma....
Eu volto.
Eu sei que te magoei e te deixei assim, sem esperanças...
Mas eu volto.


Eu volto como amiga,
Como irmã,
Como amante,
Como amor,
Como mulher...
Mas, eu volto.

Não chore amor,
Não faz essas lagrimas derramarem,
Não faz esse sorriso se recolher,
Não diz "não" aos momentos.

Eu morri ao sair,
Eu morri,
Eu preferi morrer ao ter que perder você,
Eu ainda morro todos os dias para te reencontrar.

Eu fico pensando em você
E pensando em nunca mais,
Pensar em te perder,
E chego a conclusão que pensar me dói.

Eu volto amor,
Volto porque preciso,
Volto porque te amo,
Volto porque te quero,
Volto...
Volto quando você perceber que eu não fui a lugar algum.

Perdoa amor,
Eu ainda sou menina,
E por ser tão menina não faço ideia de como seria um mundo sem você.
Mas eu volto,
Eu volto.



quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Encontrar.

Eles não entenderiam e eu não busco o entendimento alheio. O que tem importância para mim, tem importância para mim e só. Sem maiores explicações. Eu amo muito, sou profunda e sincera com os meus sentimentos, essa verdade está estampada em meus olhos e são ditas a quem merece. Eu não fico presa a sensação de dever explicações a ninguém, o que eu faço, quem eu amo e o que eu sou já foge ao meu entendimento, não sou capaz de explicar o que nem mesmo eu entendo. Faço porque sou, simples assim. Eu gosto dessa coragem em assumir minhas atitudes, jamais seria capaz de me esconder para negar algo que aconteceu, se aconteceu é porque foi importante assim como foi de suma importância terminar também. Não entendo esse incomodo que algumas pessoas possuem no que diz respeito o julgamento alheio, eles que julguem! Assim como eu julgo involuntariamente cada situação que enxergo, não é mais do que direito deles. Encontro-me em conflito, não quero machucar ninguém e por isso mantenho-me calada.  As vezes temos que ser egoístas e assumir o que nos faz bem, outras sermos egoístas a ponto de deixar algo que te ama. Eu só quero deixar claro que eu tento fazer o melhor, mas não posso deixar a culpa me dominar e nem ficar presa a algo pelo sentimento de gratidão. E então eu notei que não sabia que estava me encontrando. Eu tenho medo de ficar só, então eu vi estampado em uma cara o meu reflexo, vi que encontrei a companhia que me faltava e que me abstém da solidão. Eu me achei e agora não vou a lugar algum.