segunda-feira, 5 de maio de 2014

His voice

Ele me ligara.

Na linha, uma voz doce, gentil e cativante me dizia certas palavras que no momento não são do interesse de ninguém e por isso, não vos direi.
Quando ele me ligara eu automaticamente me senti grata, grata por ter o dom da audição, grata por certa voz ser tão agradável, familiar, segura e confiante, sim! Eu agradeço por meus ouvidos serem ou tentarem serem tão compatíveis com aquela voz, por ter a chance de ouvi-la, suga-la, senti-la, centrar me nela.

Quando eu ouvi novamente aquela voz, desejei um bem a ele tão acima de mim, algo que nem eu mesma pude explicar,  como é possível amar tanto alguém após tanto tempo e mesmo assim ainda se sentir diferente?
É um amor diferente, eu o quero bem, tão bem que mal eu passo se tento descrever. Eu gosto daquela estabilidade, da concordância das palavras, do riso seguro e da familiaridade que tem, com ele não tem erros, é o que é e acabou.
Meu bem, você cresceu! E encontro-me tão estasiada e feliz por ti, tão na sensação de orgulho pela sua pessoa, por ter permanecido o mesmo garoto especial que eu conheci e será sempre assim, quero te manter perto pois a sua amizade é o alicerce da minha consciência, você sempre será meu ponto de equilíbrio e até hoje quando penso em tomar certas decisões lembro do que desejava que eu fosse,  lembro do orgulho nos olhos que mantinham e até hoje você é o que me guia a certas (boas) decisões.

E meu Deus, como sou grata!

Quando ele me ligara eu tive a certeza de que se filhos eu tivesse, se casamento fosse uma coisa a ser repensada ele seria o marido pai.

Ele me ligou,
E eu tive a certeza de que a ele eu só quero o bem!.

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