quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Notas de uma bêbada sem Álcool.

Me desculpe se te machuquei, é que no meio do caminho eu me perdi.
É estranho não sentir mais.
É pior fingir, e isso eu não quero.
 
Digo com todo amor e toda dor no coração,
Não quero e nem mereço perdão, acho que as coisas são da forma que são.
Eu maltratei você, na visão que você tem de mim,
E você em mim, não passa de um borrão.

Mas eu quis o bem, quis e quero.
Eu só não sei mais por onde começar, nem como demonstrar.
Meu corpo anda reagindo de forma estranha e eu não quero machucar.
Eu queria que você não me quisesse.
Mas talvez se não me quisesse eu iria sentir,
E eu estou cansada de sentir.

Não há nada de nobre em minhas palavras,
Eu ando sendo sincera, e até demais.
Eu quis um tempo, o tempo foi imposto.
O problema é quando a gente se adapta a ele,
Dói.

Dói não ser a mesma pessoa e ver na outra o mesmo sentimento.
Dói machucar quem quis o bem.
E dói mais ainda saber que fui me sentindo tão sufocada, estrangulada a ponto de não sentir mais nada.
Dói saber que não doeu.
E dói a farpa que restou no coração.

O que eu posso fazer?
Se mesmo que seja verdade, os meus sentimentos, as minhas palavras soam tão falsas, tão gélidas?
Aos olhos dela. Não aos meus.

Eu nem imagino quanta coisa deve-se passar naquela mente brilhante,
Quantas teorias, quantas certezas.
Não queria ser vilão,
Mas o que tenho a perder?

Amiga, eu poderia ser,
Mas isso requer tempo.
Não dá para se envolver romanticamente e voltar ao estágio de amizade,
Ou de interesse.
Bem que eu gostaria.

Hoje acordei com uma imensa vontade de nascer diferente,
De não ser mais essa gente,
De pensar diferente....


Ai como dói não doer!

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