domingo, 10 de novembro de 2013

Tentar!

Mas é que a gente tenta.
Não por insistência ou medo. A gente tenta porque é nosso! Nós, seres humanos temos esse instinto de sobrevivência que faz com que lutemos contra a morte, com que sejamos bravos e valentes,  É nosso! E o que é nosso não queremos que nos tirem. Por essa razão a gente tenta. Por sermos tão possessivos, por desejarmos e realizarmos  mentalmente tantas e tantas vezes... É nosso direito tentar e sonhar, é do nosso ego não querer perder ou não ter o que se quer, somos todos mimados por natureza, somos egoístas por racionalidade, vivemos de forma insaciável, somos insatisfeitos por criação, somos modificáveis a curto prazo. Tentamos, falhamos e então como que por insistência tentamos mais uma vez... Até que desenvolvemos uma capacidade incrível: a capacidade de suportar. Suportamos porque necessitamos daquilo ou pelo menos queremos achar que necessitamos daquilo para sobreviver. Suportamos tudo, todos os tipos de desaforos que a vida pode nos dar, suportamos a ignorância alheia, os olhares, as pancadas... Suportamos tudo isso porque nós dois sabemos que nada doeria mais do que o peso da desistência. Não fomos programados para desistir, não queremos viver sem o que desejamos. A gente tenta mesmo que partidos, mesmo que nada inteiro, mesmo que doido e sem noção do que pareça fazer. Mas chega um ponto onde eu sendo da forma que sou, desgostando do padrão, querendo sempre ir na contramão do que todo mundo quer e acredita, embora eu saiba que não é um desejo muito distante do meu... Eis que eu decido que não há nada de errado em desistir de fazer promessas, que a dor de desistir não é maior do que ficar tentando em vão. O desistir me liberta, me deixa livre para qualquer sensação que me atinja... O desistir me proporciona o prazer da quebra de padrões,  o desistir me faz ver além do que eu posso pois enquanto eles se ocupam em tentar, eu me ocupo em deixar com que a vida me traga diferentes sensações... Enquanto eles suportam, eu realizo. Agora madura o suficiente sabendo de que não há nada de errado em não querer ser o que todo mundo espera... E eu sei que assim, eu me auto realizo. Sei que dessa forma eu tenho orgulho do que eu sou.

Enquanto eles tentam e vivem com o pedaços ao chão,
Eu desisto e faço de mim casa de sentimentos bons.

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