segunda-feira, 20 de maio de 2013

De um sonho.

Uma vez sonhei que a menina dos meus sonhos me beijava,
Fazia carinho e sorria,
Tínhamos tudo sem ser nada.

Ela olhava para mim séria,
E eu brincava com o seu olhar,
Beijos dela eu roubava,
Ela dizia que gostaria de ficar.

A menina que eu quis me disse que o amor chegou,
Eu sorri ao lado dela tentando disfarçar o tremor.
Chegou mais perto, me olhou,
Nos beijamos mais, com todo o vigor.

Acordei com um sorriso no rosto,
E ainda sentindo o sabor do gozo,
Acreditava nela, parecia real,
Pobre de mim, acordei de um sonho banal.

Ela me beijava,
Eu acreditava,
Coitada de mim,
Beijei a nevoa que se foi,
Junto com você,
Junto com nós,
Junto com o que seriamos...

Beijo-te de longe,
Menina que partiu,
Escolheu ir, sem ser nós,
Sem o a-dois.
Fez-se um fim.

Deixou o medo a envolver,
Deixou-me crer em algo,
Que  não poderia arcar,
Eu quis você e você quis me usar.

Não é bem assim,
Você bem que quis,
Mas o medo que chamas de ego,
Derrotou-lhe. Pobre de ti!

Acordei só,
Beijei o vento,
E tudo que eu pedi parecia ser demais,
 Mentir pra si mesmo parece-lhe confortável.
Quem sou eu para obriga-la a sentir?
A vitória só ocorre quando os dois decidem lutar.



E descobri que meus sonhos nem sempre se realizam.

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