domingo, 12 de maio de 2013

Time

Eu não venho falar sobre o amor. Longe de mim querer definir algo que não sei se já ousei a sentir, algo tão acima de mim.

Pudera.

Sempre me limitei a mente.

Ou aos sentimentos.

E eu sei? Nada sei.  Nada se encaixa no dilema que é viver, algo que pode ser esplendido a quem pouco tempo tem ou uma eternidade a quem se limita pensar apenas no futuro, sem construir um presente, sem ter um passado, sem nada. Vazio.

E como eu me sinto? Torna-se um mistério também, porque o dilema de dizer e não me toma ao pouco, afinal pode o ser humano desligar-se? Porque é o que estou a procura. Palavras já não me servem mais, nada poderá definir o que ocorre dentro.  Eu sei que quem luta contra si mesmo pode perder-se, ou achar-se. Ou ficar confuso e entregar-se a loucura.

Eu prefiro o silêncio, o de agora. Quando a ausência me vier, como vem agora, eu irei esperar.
Engraçado, sei a respostas de todas as minhas perguntas, mas não sei como cheguei a conclusão e é nessa troca que algo fica no caminho, como chegar até ele? O glorioso tempo! Como esperar se a mente grita?  Eu sei que tudo se ilumina, clareia e depois fica escuro de novo. Pra que você possa se levantar e apertar o interruptor de novo, para que você possa concertar uma fiação, para que você entenda que foi um curto-circuito e faça diferente. Mas pode alguém se levantar após tantos choques? Sabe, tá muito escuro para que eu enxergue a beleza disso, ando muito confusa e presa a próprios pensamentos, esses que me põe para baixo e que teimo em dizer que é realismo? E será? O que é real e o que não é? Pode alguém me explicar?
Sei que não.

O grito anda preso na garganta, o beijo molhado e guardado na mente.

Quando ela irá chegar? Sonhos me confundem, queria ela aqui, ela precisa de mim!

Traz tempo, traz pra mim a quem cuidar.
Traz pra mim um sorriso quebrado para que eu concerte.
Traz pra mim a beleza do frágil.
Traz pra mim a minha cura.
Traz ela.
Traz.

E eu continuo a gritar: Tempo, tempo, tempo... Quanto mais tenho que esperar?